Nós não perdemos verdadeiros amigos, verdadeiras oportunidades ou relações reais quando começamos a valorizar-nos e a colocar limites claros.
Nós perdemos abusadores, manipuladores, narcisistas, maníacos do controlo, aqueles que têm de ser o centro das atenções e sanguessugas que não conseguem ver os outros felizes, porque eles próprios são infelizes.
Estas pessoa drenam-nos, consomem-nos a paciência e energia.
Simplesmente, porque conseguem fazer-nos sentir mal por sermos diferentes e felizes. Como não conseguem encontrar a sua própria felicidade, desdenham a nossa.
Ao libertar-nos destas pessoas, como introvertidos que somos, culpamo-nos por deixar estas pessoas para trás , seguindo o nosso caminho.
Culpamo-nos porque temos memórias boas, porque nos agarramos ao passado e custa-nos perceber que o que sentimos é válido e aquela pessoa já não nos deixa evoluir e começa a ameaçar a nossa liberdade, cobrando-nos o que fizeram por nós (mesmo que tivéssemos feito muito mais por elas do que elas por nós).
Culpamo-nos porque muitas vezes já não temos energia sequer para sair de casa e o que mais ouvimos dessa pessoa é que somos uma merda porque temos prazer e somos felizes sozinhas connosco (essas pessoas não conseguem entender um introvertido, porque elas fogem delas próprias e não conseguem estar sozinhas).
Um dia percebes que essa amizade e essa vida se baseou no outro, no que o outro quer.
No momento em que dizes o que queres, que te valorizas e o teu mundo já não gira à volta delas, tudo muda.
Começas a ser julgada, olhada de lado, criticada de forma negativa e seja o que for que faças e por muito bom que seja, vais ser chamada de louca/o, vais ouvir que não estás bem, precisas de um psicólogo e o mais usual é ouvir o outro dizer que faz tudo por ti, que está sempre do teu lado, que o problema está em ti porque já não penso da mesma maneira que ele, porque prefiro a minha companhia a qualquer outra.
Para mim aqui está a resposta!
As pessoas não conseguem aceitar a diferença do outro, a não ser que essa diferença seja igual à dele.
Não conseguem ver o outro feliz, quando ele não está.
O ser humano tem a tendência de se comparar com o outro e quando a relva do vizinho é mais verde que a minha, eu também quero a minha mais verde.
O que se esquecem é que se a relva é mais verde, de certeza que a conta da água é maior e o esforço para a manter também.
E não percebem que enquanto se comparem com o outro nunca vão ser felizes, porque a felicidade está em aceitarmo-nos (qualidades e defeitos), está em apreciar a nossa vida como ela é (problemas e coisas boas), em vez de querer ser como o outro ou ter a vida do outro.
Nunca seremos feliz querendo a vida do outro!
Resumindo, sê quem queres ser desde que não tenhas de passar por cima de ninguém para o conseguir.
Segue a tua vida, sem culpa de deixares quem já não te faz bem para trás.
Sê Feliz!